segunda-feira, 9 de junho de 2014
Planos
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Consegui fazer uma postagem nova
Faz um tempão que não escrevo nada nesse espaço gratuito e público. Sei lá por quê, preguiça, falta de tempo, inspiração, ou por achar que meus textos não estão lá essas coisas...Muito mudou desde o ultimo post...na verdade nem tudo...continuo a mesma sonhadora que se ferra muitas vezes, desastrada ,mistura de tímida e pseudo engraçada. Gente, mudei de emprego, de cidade, me matriculei em um novo curso superior, morando longe da mamãe e pasmem estou praticando atividade física. Quem diria...Foi tão rápido, que nem dá tempo para pensar na mudança, vou vivendo ela todos os dias.
Tudo começou com meu desinteresse pelo meu trabalho...não me via crescendo ali, não me empolgava...não dá para explicar...quando via os estagiários chegando, olhava-os com dó, pensando, “coitados, por que escolheram essa vida’... e até achava minha profissão bonita, mesmo que o meu diploma de jornalista não esteja valendo muito hoje em dia... Então vocês pensam que eu me revoltei ,pedi minhas contas e fui seguir meu caminho. Claro que não. Eles me demitiram. Eu e a maioria dos que trabalhavam comigo...Tv estatal, fim de contrato, fim de governo, sabe como é...
Quando eles atrasaram três meses o meu salário senti que era hora de mudar tudo. È, Miza, está na hora de estudar. Por que afinal você não tem dinheiro para sair mesmo, tem que ficar em casa fazendo algo útil durante as férias, para variar. E fui fazer vestibular novamente. Lá fui eu vestir a cara mais parecida que pude de uma menina de ensino médio, reviver um sonho. Fiquei tão feliz em pegar o comprovante de inscrição com o nome Direito...acordava e dormia lendo historia, geografia e literatura....
Gostei da prova, ok...Saiu o resultado , bem cedo fui atrás da lista dos aprovados, procurei, procurei e claro que meu nome não estava lá. O que eu estava pensando? Que era só assim, ficar sem dormir direito mais de um mês, ir pra revisão com a galera “teen” que já ia me transformar em uma universitária novamente? Não, não tão fácil. O que apareceu foi meu nome fora da lista dos que iam permanecer no local onde eu trabalhava...Pressentindo isso, já estava matriculada em um preparatório para o primeiro concurso que fosse aparecer...
Então lá estava eu, desempregada, sem ânimo para procurar emprego, pensei vou passar esse tempo só estudando mesmo, depois vou mendigar emprego por ai...sei lá...vender pastel...foi difícil..fazia muito tempo que não sabia o que era não ter nada no fim do mês..mesmo sendo pouco...desabafei com um professor do cursinho...que estava mau e tal...e para minha alegria geral ele contou para turma inteira que estava desempregada no meio da aula...constrangida saí quase correndo...num sei se foi pela tpm ou liseira, mas comecei a chorar a procura de um ônibus para sair dali...e então quando achei, o cobrador do ônibus disse para mim, moça eu não tenho troco...
Mas as coisas melhoraram meu nome apareceu na segunda chamada do vestibular e fui aprovada no concurso. Fui chamada para trabalhar numa cidade próxima onde eu morava, mas não tanto que pudesse ir assistir a minhas aulas todos os dias, nem sei como vou fazer, mas estou matriculada... e outra permitiram que alguém como eu, que só entrava num banco para sacar dinheiro e ver saldo, trabalhasse em um...ah ,depois eu conto para vocês tudo que acontece nesse novo mundo financeiro com a Miza nele! Beijos.
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Diálogos - baseados em conversas reais
- Deu tempo de você falar sobre a bomba caseira?
-Só com os olhos
.....
-Quando eu era “o moleque” estava ótimo. Mas você começou a gostar de mim. Não esperava.
-Nem eu. Mas gosto de você.
-Não estou preparado para isso. Quero ser irresponsável nesse momento.
-Você é um moleque mesmo.
-Agora você está me entendendo.
...
-Elas se cansam de mim.
-E você se cansa do cansaço delas.
-Isso mesmo, então descanso.
...
-Eu escrevi essa poesia para você me perdoar.
-Mas eu já te perdoei.
-Você não pode me perdoar eu fui grossa e insensível.
-Se prefere assim, então não te perdôo.
-Obrigada.
...
-Meu gatinho morreu, prima.
-Mentira.
-Ele morreu sim.
-Você falou isso três vezes hoje.
-Mas agora ele morreu de verdade.
-Duvido.
Páaaaaaaaa. A menina, aos prantos, joga o gatinho defunto no chão com toda força.
-Viu. Ele morreu. (choraminga)
-Agora não tenho dúvidas.
...
-Estou desempregado.
-Não se preocupe, é passageiro.
-Preferia ser pelo menos motorista.
...
-Você continua um pobre.
-Pobre sim. Mas nunca te esqueci.
-Como assim não me esqueceu? Você está noivo de outra mulher!!!
-Isso não significa nada.
-Significa sim, você está mais pobre.
...
domingo, 31 de outubro de 2010
Super Sensibilidade Adquirida
Uma grave doença vem assolando grande parte da população mundial, mas poucas pessoas sabem que existe. Resolvi fazer um estudo sem nenhuma comprovação cientifica, colhendo os “ouvir dizeres” e observando ‘de rabo de olho’ o desenvolvimento dessa enfermidade patologicamente distribuída entre as pessoas que conheço.
Por exemplo, se você chora quando a mocinha do filme está com os olhos marejados dizendo que tem medo de seguir em frente. Fica irritado, e “solta os cachorros” quando vê alguém sendo maltratado injustamente.Não acredita quando seu amigo diz que no mundo hoje só vale o dinheiro,e tenta quase brutalmente fazer seu impoluto amigo mudar de opinião. Cuidado! Ao se identificar com pelo menos uma dessas alternativas, você pode está sofrendo de S. S. A., Super Sensibilidade Adquirida.
A S. S. A., doença comumente vinculada as mulheres , pode se manifestar em qualquer pessoa, independente de sexo, idade,nível social ou cultural. Pessoas com essa doença são normalmente taxadas de iludidas, inocentes e dramáticas. E quando ela se manifesta nos homens o preconceito é ainda maior,mas esta enfermidade às vezes pode torná-los mais charmosos para as mulheres.
Os doentes de S.S.A. tem susceptibilidade a crises de choro, ansiedade, depressão, raiva, explosão emocional, dores de cabeça e no coração. É preciso deixar claro que existem os níveis de estágio da doença. Os portadores de S.S. A. podem ficar em estado crônico quando expostos a fim de relacionamentos, briga com os amigos e perda de pessoas próximas.
Portadores de Super Sensibilidade Adquirida ficam tristes quando o amigo está, quer resolver os problemas dos outros, se sente culpado sempre por não ter feito mais do que podia e acha todo fim de relacionamento afetivo o fim do mundo.Remédios e vacinas para essa patologia ainda não foram desenvolvidos, sabe-se apenas que muito carinho e cuidado de pessoas queridas melhora o quadro da doença. O mais estranho é que quem sofre de S. S. A. muitas vezes quer continuar com isso. São sádicos e têm costume de ler textos como esse .
A origem da doença é desconhecida e o modo de transmissão também . Se você convive com alguém com a síndrome há chances de se contaminar, o fator genético é determinante, mas podem acontecer casos isolados.
terça-feira, 19 de outubro de 2010
A origem do meu nome
- Como você se chama?
-Eu me chamo Miza.
-Ah...Luiza?
-Não, Miza. M-I-Z-A. Miza.
-Ah...É um apelido?
-Não, é meu nome mesmo...
-...
Essa conversa eu tenho quase todos os dias. É o mal de quem tem nome diferente ou estranho . A apresentação deixa de ser algo simples. Se meu nome fosse Maria ou Luana, só seriam duas perguntas e um “muito prazer”.
Outra dúvida comum é sobre a origem do meu nome. Queria dizer que foi inspirado em uma deusa grega que lutava pela paz e o amor ou uma rainha dos tempos antigos, mas não foi. Na verdade surgiu de um simples jogo de palavras que o meu pai fez. Ele achava bonita a palavra ‘missa’ (não me perguntem o porquê) então ele retirou o “SS” e foi colocando as consoantes até chegar a última letra do alfabeto. E ai surgiu Miza. Acho que nessa época ele não tinha muita coisa para fazer...
Meu nome foi criado antes de eu nascer. Então, meu pai ofereceu sua obra-prima para minha tia que estava grávida.Ela respondeu:’ Miza, nam, que nome estranho’. Minha prima nasceu linda,loira e com nome de cantora de MPB.
Mas, finalmente eu nasci e meu pai pode realizar sua façanha de ter uma filha com o nome Miza. Quando era criança não gostava muito dessa nomenclatura, uma vez até disse que meu nome era Marcela para uma amiguinha. Na adolescência, quando um jovem que não gostava ia se apresentar a mim, dizia que me chamava Marina. Só por preguiça de ter que repetir meu nome várias vezes. Quando passava na rua, ouvi : Eita Marina!! Eu sorria, sem graça.
Para não me sentir sozinha comecei a procurar pessoas com o mesmo nome que eu. Um amigo descobriu uma loja com o nome Miza Festas. Quem sabe a proprietária tem o meu nome? Mas o nome dela era Artemiza. No caso dela sim, era apelido. Então para contrariar a lógica dos apelidos pequenos, meus colegas de trabalho começaram a me chamar de Mizalina, Mizaltina, Mizaele... Um dia tive que mostrar minha identidade por que não acreditavam mais que meu nome era Miza.
Hoje não me sinto sozinha. Descobri que há várias Mizas nas ruas. Miza 250. Miza 150 cilindradas.Existe uma marca de moto japonesa que se chama Miza.Acho até que vou mandar esse texto para o setor de marketing da empresa. Quem sabe fazer uma campanha publicitária? ‘Sou Miza e tenho minha Miza’. Foi horrível, não é? Mas, se eu ganhasse uma Miza, já ia ser muito bom.
Apesar de todas as dificuldades que é ter um nome incomum. Eu adoro o meu. Faz parte de mim. E acho até que parece comigo: difícil de entender. O melhor de tê-lo é quando meus amigos me chamam, sinceros, com um sorriso no rosto. Acredito que um nome é só um conjunto de letras, só você pode dar vida a ele.
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Nuvens de chuva
Quase todo mundo tem uma nuvem de chuva sobre a cabeça. Isso mesmo, uma nuvem. Algumas são mais escuras, tempestuosas e truculentas. Outras, mais brandas e se deixam influenciar pela ações das frentes frias ou secas. Um menino que conheço tem uma nuvem que se forma toda vez que alguém o chama de feio. É o complexo dele. O que deixa pequeno, encharcado de água e raios. Tem uma mulher que isso acontece quando ela se sente pobre. Quando não consegue comprar o que acha que todo mundo deve ter.
As nuvens negras deixam as pessoas sombrias e muitas vezes se formam durante a infância ou adolescência. Existem até especialistas que cobram para tirar nuvens de chuva da cabeça. Mas há os que fazem de graça, são os amigos e a família. Eu tento ajudar os outros com suas nuvens. Afinal, eu sofro com as minhas. Às vezes, tento correr mais rápido que elas e me escondo em casa quando elas estão nebulosas. Tenho medo de acabar trovejando em alguém.
Há quem use até guarda-chuvas especiais para tentar se proteger. Eles vêem com bula e contra-indicações. O certo é que você também pode tentar adestrá-las e diminuí-las. Ás vezes elas até desaparecem por um tempo. As nuvens também não tem significado certo pode ter motivos pessoais, profissionais ou culturais.
O pior são as nuvens que criam outras. Muitas delas podem resultar até casos trágicos. Um dos segredo é enxergar a sua nuvem, descobrir o porquê dela está ali e partir para o ataque, use as mãos, as palavras, as ações boas e atividades interessantes.Fazer delas um desafio para deixar os dias ensolarados é uma alternativa.
domingo, 25 de abril de 2010
Penetra
Uma noite nublada, árvores espessas e um portão antigo. Mais adiante uma casa sombria com duas pessoas de branco sentadas a porta. Parece uma descrição exagerada e estereotipada, mas era assim. Minha primeira vez ali. E por pura curiosidade entrei em um Centro Espírita.
Logo quando cheguei tive que fazer um cadastro, não gostei daquilo. Era como se aquele papel lhe fizesse ter um compromisso de voltar, e eu não sabia nem se ia ficar ali até o final. Como cheguei atrasada, fiquei meio perdida. Fui encaminhada para uma sala onde uma mulher discursava para iniciantes como eu. Entre as falas da mulher uma me chamou atenção: ‘A noite vocês pensam que estão sozinhos, mas não estão”. Era só o que faltava para eu não dormir direito, pensei.
Depois dela ter falado de curas,histórias de espíritas e de como seria o tratamento espiritual, então percebi que estava ali de penetra. As pessoas procuram o centro quando tem problemas.E eu não tinha nada de muito sério para resolver, só minha curiosidade. Como eles iam tratar isso?
Ela então perguntou se as pessoas presentes queriam ser entrevistadas por alguns membros do centro, para expor suas dificuldades. Claro que fui. Em uma parte da casa, os iniciantes eram divididos em cabines, onde em cada uma, pessoas com roupas brancas escutavam o que se tinha a dizer.
Na minha cabine tinha um homem jovem, sereno, tranqüilo, daqueles que parecem que não se irritam com nada, nem que você der uma paulada na cabeça dele. Eu me senti bem a vontade, e como sou tagarela, comecei a contar meus problemas cotidianos. Confesso que me senti mais leve e até fiquei amiga dele, ele estava até contando a história de quando conheceu sua mulher.
Só no final me lembrei que tinha minhas curiosidades a serem tratadas. Então veio a enxurrada: Você vê espírito? Como eles são? Tem algum perto de mim? E esse negócio de áurea, você vê a minha, ela está carregada? E a resposta era: Não, não, não, não. Ele não era médium, era só um dos que seguiam a doutrina espírita. Só revelou algumas respostas vagas. Então percebi que minha investigação tinha apenas começado. E pior, estava ficando tarde e começou a chover forte.
Ao sair da cabine, me vi numa encruzilhada para chegar até a parte da saída da casa. Para chegar lá, tinha dois caminhos: ou eu ia pela parte externa, pela chuva ,ou enfrentava duas salas vazias de um centro espírita. Como demorei muito, a maioria das pessoas já tinham ido embora. Pensei como seria sair dali com o cabelo e as roupas todas molhadas ou enfrentar duas salas escuras, com uma mesa bem grande cheia de cadeiras vazias, que pareciam ser usadas em sessões em que os espíritos ‘baixavam” nas pessoas.
Por mais estranho que pareça eu escolhi passar pelas salas. Andei rápido, tentei olhar só para a última porta que deveria abrir para sair. O medo maior era que ela estivesse trancada. Estava encostada, alívio. Ao sair foi louvada pelos mais experientes. “Nossa, a primeira vez em um Centro Espírita e passou por duas salas escuras, sozinha”. Então, respondi: Sou rápida.
Depois que sai, descobri algo importante. Minha amiga me informou que no final do tratamento espiritual, o médium que coordenava o centro conversava conosco. Mas, tinha um detalhe, ele estaria incorporado pelo espírito de um médico psiquiatra. Era esse médium que teria minhas respostas. E eu não ia esperar até terminar o tratamento para tê-las.