Por que esse turbilhão? Essas idéias fixas, essa dor? Por que medo de dizer, de falar? Parece que tudo vai deixando o não-dito preso e escondido, remoendo o que não existiu ou o que poderia existir. E muitas versões do não-acontecido se embaralham na minha cabeça, como filme de bobina antiga que não vai para o cinema.
Ah, se houvesse ouvidos para o não-dito! E se estes tivessem abertos para o florescimento.Queria ter coragem de dizer. Mas sei que certas verdades são cruas demais para serem absorvidas.Geralmente, o não-dito é intransponivel, é quase um pedaço de vida latente ou uma nova idéia de vida que nem sempre o outro consegue suportar.
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