sábado, 19 de janeiro de 2008

Ressuscitando

Já morri umas três vezes. Todas as mortes de maneiras diferentes. A primeira matou minha inocência. Foi uma morte necessária, pois pessoas inocentes não sobrevivem por muito tempo. Na segunda morte, foi-se a sorte. Por que na verdade esperar pela sorte é fraqueza. Nada é um presente, tudo é uma conquista, depende de suas buscas, de sua força mental, espiritual.

A terceira morte ainda está em processo, é como se meu cérebro tivesse parado de funcionar, e só o coração batesse, ou então vice-versa. Afinal as mortes demoram a serem entendidas pelos humanos.

Mas nesse processo de coma, já fico planejando meu retorno a vida. È isso que me faz renascer todas às vezes, e mesmo depois de todas essas mortes, ainda por mais piegas que possa parecer, a esperança me mantém consciente. Tenho medo dos vivos, tenho medo da vida, mas continuo esperando o que pode acontecer. Espero coisas boas, mesmo morta por dentro. Mesmo alguém me matando.


Morrer não dói. A dor vem em vida. Mas não quero dizer com isso que o remédio de tudo é morrer. Apenas deveríamos olhar para a morte de uma forma mais branda, mesmo quando isso pareça impossível. Por enquanto, vou morrendo e ressuscitando. Até que realmente algo superior me empeça totalmente de pensar. Mas ainda tenho duvidas a respeito disso.Almas pensam? Mas isso já é outra história.

3 comentários:

Sanmya disse...

te mata, doida
kkkk
=*

J. disse...

faço minhas suas palavras ;)

beijo em você.

Arlinda Monteiro disse...

Profundo!!!